O programa Bolsa Universitária, administrado pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), já atendeu 132 mil estudantes em todo o Estado. Entre eles está o bancário Rafael Gomes, que concluiu o curso de Administração de Empresas na Universo (Campus-Goiânia), em 2006. “Naquela época meus pais não tinham condições de pagar o curso. Foi um grande benefício para mim. Eu prestava a contrapartida e recebia R$ 250 por mês, em torno de 80% da mensalidade da faculdade”, ressalta Rafael.
A esposa do Rafael Gomes, Zilda Moraes Vilela, também se formou com o benefício da Bolsa Universitária. Após a conclusão do curso superior, ela conseguiu a aprovação no concurso público da Caixa Econômica Federal (CEF).
Com o diploma nas mãos, Rafael Gomes trabalhou em grandes empresas, como a Embratel e, depois de muito estudo, foi aprovado no concurso do Banco do Brasil para o cargo de escriturário, em 2009. “O diploma foi importante para a minha pontuação no concurso. Eu morava em Goiânia, passei no concurso, fui para Minas Gerais e agora estou em Niquelândia. Já são quase cinco anos de concursado. Sem o Bolsa Universitária eu não estaria na mesma posição”, frisa. Hoje ele é gerente da Carteira de Relacionamento Agrícola em Niquelândia.
O ex-borracheiro Gilmar Alves Vieira (45 anos), hoje advogado, sempre alimentou o sonho de fazer um curso de nível superior. “Eu sempre sonhei em fazer um curso superior. O problema é que o meu rendimento como borracheiro não me dava condições para custear o curso. Quando o Bolsa Universitária foi lançado, eu percebi que o meu sonho poderia se tornar realidade. Eu sou da primeira turma, que recebeu o benefício em agosto de 2001. Fiquei com a Bolsa Universitária até o final do curso, que foi dezembro de 2005. Sem a bolsa seria impossível eu fazer o curso, porque, além da mensalidade, o estudante gasta com livros, transporte e alimentação. Quando entrei na faculdade, eu já era casado e tinha três filhos”, explica Gilmar.
Gilmar Alves Vieira trabalhou como estagiário e, mesmo antes de concluir o curso, abriu um escritório de advocacia. “Eu abri o escritório antes de me formar. Eu trabalhava nele como estagiário. Hoje eu me considero uma pessoa bem sucedida. Minha família tem mais conforto que no passado. Eu me considero um profissional liberal feliz com a profissão e agradeço muito ao Bolsa Universitária”, frisa. Gilmar fez o curso de Direito na Universo (Campus-Goiânia).
Bolsa Universitária
O Programa Bolsa Universitária atende estudantes com renda bruta familiar de até seis salários mínimos, que podem pleitear a bolsa parcial. O benefício varia de R$ 300 a R$ 500, dependendo das notas. Já a bolsa integral contempla os universitários com renda bruta familiar de até três salários mínimos. A seleção de novos beneficiários acontece semestralmente. Em contrapartida, o estudante deverá prestar serviços em instituições governamentais ou não governamentais, com carga horária compatível com seus afazeres escolares e trabalho.
Para pleitear a Bolsa Universitária o universitário deve fazer a inscrição no período estabelecido, observando edital disponível no site da OVG, preenchendo o formulário próprio e apresentando todos os documentos exigidos. A meta do Governo de Goiás com o programa Bolsa Universitária é beneficiar 150 mil estudantes até o final de 2014.
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